Posicionamento Setorial

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária da oficialização da reabertura do mercado da União Europeia para a carne de frango exportada pelo Brasil ao destino. A oficialização foi publicada no Jornal Oficial da União Europeia.

Suspensos desde o anúncio da identificação de um foco e já resolvido de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em produção comercial no estado do Rio Grande do Sul, os embarques para o Bloco Europeu deverão ser oficialmente restabelecidos a partir de amanhã. A oficialização ocorre após confirmação prévia dada pelo comissariado europeu ao Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O anúncio é a confirmação de um trabalho de alta eficiência realizado pelo Ministro Fávaro, juntamente com os Secretários Luis Renato Rua (Relações Internacionais) e Carlos Goulart (Defesa Agropecuária), juntamente com suas equipes, em um amplo esforço para a consolidação das negociações pelo restabelecimento deste que é um dos mais relevantes destinos da carne de frango do Brasil.

Entre janeiro e maio (mês da ocorrência da enfermidade), as exportações de carne de frango para o bloco europeu alcançaram 125,3 mil toneladas, volume então 20,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Em receita, foram cerca de US$ 386,3 milhões, saldo 38% maior em relação ao obtido no ano anterior.

Com a oficialização da reabertura, a expectativa do setor é que as exportações se restabeleçam nos patamares anteriormente praticados, com possibilidade de incrementos devido à demanda reprimida durante este período de suspensão.

No Peru, Brasil reforça defesa da ciência pela continuidade do comércio e pela segurança alimentar  

Terceira edição do Road Show 2025 da ABPA debaterá critérios da OMSA para fortalecer o acesso a mercados agropecuários

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), promoverá no próximo dia 23 de setembro, em Lima (Peru), a terceira edição do ROAD SHOW INTERNACIONAL “No Borders for Food: Parcerias para Segurança Alimentar”.

A iniciativa tem como objetivo ampliar o diálogo técnico e institucional com autoridades sanitárias e importadores sobre o papel das normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) na construção de um comércio internacional mais previsível, seguro e baseado em evidências científicas.

O seminário será realizado sob o tema “Peru-Brasil: Proteína Animal – Decisiones Basadas en la OMSA para Seguridad Alimentaria”, com a presença de representantes do governo peruano, importadores locais, empresas brasileiras exportadoras e autoridades da Embaixada do Brasil em Lima, além da diretoria da ABPA.

Esta será a terceira edição do Road Show, que teve início nas Filipinas, em 8 de agosto, e passou pela Cidade do México, em 28 de agosto, sempre com ampla participação de autoridades e lideranças do setor. Os eventos anteriores reforçaram o apoio aos princípios da OMSA como base técnica legítima para decisões comerciais sanitárias.

“O Peru é um parceiro estratégico do Brasil na América do Sul. Exatamente por isso, com o seminário técnico em Lima damos mais um passo em direção a uma relação comercial ainda mais sólida, baseada na confiança mútua, no diálogo institucional e em regras sanitárias reconhecidas internacionalmente”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Em 2024, o Peru esteve entre os destinos prioritários sul-americanos das exportações brasileiras de material genético avícola e produtos avícolas. Neste sentido, a proposta do Road Show é justamente fortalecer a cooperação regulatória, promovendo o entendimento mútuo sobre práticas modernas como regionalização, proporcionalidade e transparência nas decisões de importação.

A próxima edição do ROAD SHOW 2025 acontecerá na África do Sul. O seminário em Lima será promovido pelas marcas setoriais Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Duck, com o apoio institucional do Governo Federal do Brasil, por meio dos ministérios da Agricultura e Pecuária, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da ApexBrasil e da Embaixada do Brasil no Peru.

Mais informações sobre o evento e as próximas etapas do Road Show estão disponíveis nos canais oficiais da ABPA.

Ação de imagem – Nos dias seguintes ao Roadshow, a ABPA marcará presença na Expoalimentaria 2025, evento que ocorrerá entre os dias 24 e 26 de setembro, no Centro de Exposiciones Jockey, em Lima.

Em sua primeira participação na Expoalimentaria – em parceria com a ApexBrasil – a ABPA levará quatro empresas produtoras e exportadoras de aves e suínos, entre elas, a Dom Porquito, Avenorte, Somave e Bello Alimentos.

Em meio a uma das maiores feiras de alimentos da América do Sul, a ABPA viabilizará encontros de negócios e promoverá as marcas setoriais das cadeias exportadoras de carnes de aves, de suínos, de patos, ovos e de genética avícola.

“Complementando os bons resultados esperados após o Roadshow, a participação na Expoalimentaria deverá fortalecer a posição brasileira como fornecedora confiável de proteínas para o mercado peruano, consolidando nossas relações com este que é um dos mercados mais relevantes das Américas”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

 

 

 

Webinar debate práticas de manejo de suínos selvagens nos Estados Unidos e na América do Sul

São Paulo, 12 de setembro de 2025 – O o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) promoverão no próximo 15 de setembro, das 15h às 17h30, o webinar “Práticas de Manejo de Suínos Selvagens nos Estados Unidos e na América do Sul”.

O evento reunirá especialistas do Brasil, Estados Unidos e Paraguai para debater estratégias de vigilância, monitoramento e manejo de suínos asselvajados, tema relevante para a defesa sanitária, a sustentabilidade da produção e a saúde única (One Health).

A programação contará com a participação de Michael Marlow (USDA/APHIS/Wildlife Service), que abordará “Suínos asselvajados nas Américas: um pouco de coisa boa, mais coisas ruins e muita coisa feia”. Também participarão Lia Coswig (DSA/SDA/MAPA) e Virgínia Santiago (Embrapa Suínos e Aves), com a apresentação “Vigilância e monitoramento sanitário de suínos asselvajados: importância em defesa sanitária animal e Uma Só Saúde no Brasil”.

Representando o Paraguai, Fernando Pérez e Gustavo Gonzáles (Senacsa) apresentarão “Avanços e experiência na vigilância sanitária de suínos asselvajados e cruzamentos com javalis no Paraguai: um trabalho conjunto do Senacsa, Mades e ACP”.

A iniciativa integra esforços regionais de cooperação técnica e científica, com foco na mitigação de riscos sanitários que possam impactar a produção pecuária, a biodiversidade e a segurança alimentar.

Inscrições estão disponíveis pelo link: https://us06web.zoom.us/webinar/register/WN_HAwuhvFQQjK3gVvwPNOtEQ

Gripe aviária: Diálogo global inédito discute ameaça crescente

Foz do Iguaçu (PR), 9 de setembro de 2025 – Em uma resposta inédita à rápida disseminação global da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), especialistas e representantes de diversos setores – avicultura, saúde pública, ciência e políticas públicas – se reúnem no Brasil para o primeiro diálogo global multissetorial sobre o tema. O objetivo é articular uma resposta coordenada à ameaça crescente à saúde animal, humana e à sustentabilidade dos meios de vida agrícolas.

Conhecida popularmente como gripe aviária, a doença é altamente contagiosa e afeta principalmente aves. O vírus pertence à família da Influenza Tipo A, conhecida pela capacidade de sofrer mutações com rapidez.

Desde 2020, a IAAP tem se espalhado por diversos continentes, dizimando plantéis, afetando a biodiversidade, o comércio internacional e a segurança alimentar — além de acender um alerta global sobre o risco de uma nova pandemia humana. O vírus que circula atualmente está muito disseminado e representa uma grave ameaça pandêmica, alertam os especialistas. A influenza aviária já se espalhou para 83 espécies de mamíferos, incluindo bovinos leiteiros e animais silvestres, representando um risco em constante evolução, alertam especialistas.

“A influenza aviária deixou de ser uma ameaça esporádica e se tornou um desafio global,” afirmou Beth Bechdol, Diretora-Geral Adjunta da FAO.
“Nenhum país ou setor conseguirá enfrentar esse desafio de forma isolada — e o fracasso não é uma opção. A colaboração prática, baseada na ciência, é essencial para proteger nossos sistemas agroalimentares, os meios de subsistência e a saúde pública.”

Organizado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o evento “Enfrentando juntos a influenza aviária de alta patogenicidade – Diálogo global entre ciência, políticas públicas e setor privado” reúne cerca de 500 especialistas e tomadores de decisão para promover a colaboração e o investimento multissetorial.

Pela primeira vez, representantes do setor privado — incluindo associações de produtores de aves e prestadores de serviços de saúde animal — participam diretamente de um diálogo global ao lado de lideranças científicas e governamentais. A presença permite compreender melhor os desafios enfrentados pelo setor produtivo, reconhecer os esforços em andamento e destacar soluções práticas já implementadas para combater a doença.

Especialistas da Ásia, África, Europa e Américas, muitos deles membros da rede OFFLU (parceria FAO/OMSA para influenza animal), também estão presentes no evento. “Enfrentar a influenza aviária exige esforço coletivo entre países, setor produtivo, comunidade científica e organismos internacionais,” afirmou Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil. “Este desafio deve ser tratado com total transparência — só assim construiremos confiança e garantiremos a segurança alimentar global. Quando a influenza aviária foi detectada em uma granja comercial neste ano, o Brasil mostrou uma diferença decisiva. A resposta rápida e eficaz reforçou a credibilidade e a robustez do nosso sistema sanitário.”

Temas prioritários
O diálogo se baseia na Estratégia Global de Prevenção e Controle da IAAP, lançada recentemente pela FAO em parceria com a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal). A iniciativa apoia o desenvolvimento e implementação de planos nacionais e regionais, ao mesmo tempo em que fortalece ações globais para reduzir riscos pandêmicos e transfronteiriços.

Durante os três dias de evento, os debates se concentram em quatro eixos principais:

  • Identificação de estratégias eficazes de prevenção e controle, com foco especial em países de baixa renda e sistemas avícolas informais;
  • Promoção de sistemas de alerta precoce, estratégias de vacinação e medidas de biosseguridade;
  • Fortalecimento da coordenação multissetorial com base na abordagem “Uma Só Saúde (One Health)”;
  • Compartilhamento de soluções inovadoras e práticas para diagnóstico, vigilância e resposta a surtos.

“Melhorar a vigilância, reforçar a biosseguridade e utilizar a vacinação de forma apropriada, aliados a um controle rápido, são pilares para conter a doença,” explicou Thanawat Tiensin, veterinário-chefe da FAO e diretor da Divisão de Produção e Saúde Animal.
“Ao mesmo tempo, a transformação sustentável da produção avícola oferece novos caminhos para prevenir perdas e enfrentar doenças. Será necessário um esforço conjunto com o setor privado para reduzir, de forma eficaz e duradoura, o risco da influenza aviária.”

“O debate sobre a influenza aviária exige cooperação internacional e esforço conjunto de todas as nações,” afirmou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e do Conselho Internacional da Avicultura (IPC).
“É um tema que impacta diretamente os fluxos comerciais e, por consequência, a inflação e a segurança alimentar global. São questões sensíveis que devem ser guiadas pelo conhecimento e pela ciência, e que exigem uma revisão de conceitos e paradigmas.”

Embarques de carne suína aumentam 2,8% em agosto

Receita no período foi 6,7% maior

 

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 121,4 mil toneladas em agosto, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).  O saldo foi 2,8% maior que o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 118,1 mil toneladas.

A receita registrada no período chegou a US$ 294,9 milhões, saldo 6,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 276,3 milhões.

No ano (janeiro a agosto), as exportações de carne suína alcançaram 970,3 mil toneladas, saldo 11,5% maior que o total embarcado no ano passado, com 870,2 mil toneladas. Em receita, a alta chega a 23,8%, com US$ 2,334 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, contra US$ 1,885 bilhão em 2024.

“As exportações de carne suína do Brasil ampliaram a diversificação entre os destinos dos embarques, com novos mercados entre os maiores importadores. A maior capilaridade deve proporcionar mais sustentação ao fluxo, projetando manutenção das exportações positivas do setor para este ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Filipinas seguem como principais destinos das exportações, com 33,4 mil toneladas registradas em agosto, saldo 19,5% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.  Em seguida estão o Chile, com 13,3 mil toneladas (+8,3%), China, com 10,3 mil toneladas (-36,3%), Japão, com 8,5 mil toneladas (+5,4%), México, com 7,4 mil toneladas (+30,7%), Hong Kong, com 6 mil toneladas (-36,6%), Vietnã, com 5,9 mil toneladas (42,7%), Singapura, com 5,2 mil toneladas (-33,1%), Uruguai, com 3,7 mil toneladas (+2,4%) e Costa do Marfim, com 3,4 mil toneladas (+164,3%).

Santa Catarina segue como maior exportador de carne suína do Brasil, com 56,9 mil toneladas exportadas em agosto (-9% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido por Rio Grande do Sul, com 31,4 mil toneladas (+20,5%), Paraná, com 18,3 mil toneladas (+9,4%), Minas Gerais, com 2,5 mil toneladas (1,5%) e Mato Grosso, com 3,1 mil toneladas (-3,6%).

 

Exportações de ovos crescem 71,9% em agosto

Volume embarcado no ano já supera 32,3 mil toneladas, com alta de 192%

 

São Paulo, 05 de setembro de 2025 – As exportações brasileiras de ovos (incluindo produtos in natura e processados) totalizaram 2.129 toneladas em agosto de 2025, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 71,9% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram embarcadas 1.239 toneladas.

A receita gerada com os embarques em agosto chegou a US$ 5,729 milhões, desempenho 90,8% superior em relação ao mesmo período de 2024, com US$ 3,003 milhões.

Com este resultado, as exportações acumuladas entre janeiro e agosto alcançaram 32.303 toneladas, número 192,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (11.057 toneladas). A receita no acumulado do ano atingiu US$ 75,295 milhões, incremento de 214,5% em relação aos US$ 23,943 milhões obtidos no mesmo intervalo de 2024.

Em agosto, os principais destinos de exportação foram o Japão, com 578 toneladas (+328,5%), seguido pelos Estados Unidos, com 439 toneladas (+628,9%), México, com 304 toneladas sem comparativos com o ano anterior), Emirados Árabes Unidos, com 182 toneladas (sem embarques no mesmo mês do ano anterior), e Chile, com 172 toneladas (-79,6%).

“Os embarques para os Estados Unidos sofreram os efeitos do tarifaço, com diminuição no fluxo embarcado no mês. Ao mesmo tempo, vemos a retomada de destinos, como os Emirados Árabes Unidos e o fortalecimento para novos importadores, como o México. De qualquer forma, não são esperados efeitos significativos à oferta interna de ovos, já que exportamos menos de 2% de nossa produção”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Exportações de carne de frango crescem 3,9% em agosto

México assume liderança entre os principais destinos dos embarques no mês

São Paulo, 05 de setembro de 2025 – Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 394,6 mil toneladas em agosto, volume 3,9% maior que o total registrado no mesmo período do ano passado, com 379,8 mil toneladas.

A receita registrada no período chegou a US$ 699,4 milhões, saldo 11,9% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 793,6 milhões.

No ano (janeiro a agosto), as exportações de carne de frango totalizam 3,394 milhões de toneladas, saldo 1,1% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 3,432 milhões de toneladas.

A receita acumulada nos oito primeiros meses do ano chegou a US$ 6,308 bilhões, saldo 0,2% menor em relação ao registrado em 2024, com US$ 6,319 bilhões.

“O desempenho do mês de agosto manteve a estabilidade de embarques notada desde a reconquista do status de Livre de Influenza Aviária, pelo Brasil, o que deve se alterar positivamente com as recentes retomadas das importações pelo Chile e a oficialização da reabertura da União Europeia”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Em forte retomada nos embarques, o México – que recentemente recebeu uma ação da ABPA voltada para a preservação do fluxo comercial – liderou pela primeira vez o ranking dos principais destinos de carne de frango, com 37,5 mil toneladas embarcadas em agosto, número 873,3% superior ao registrado no ano passado. Em seguida estão Emirados Árabes Unidos, com 32,5 mil toneladas (-16,9%), Japão, com 30,3 mil toneladas (-22,2%), Arábia Saudita, com 27 mil toneladas (+0,6%), África do Sul, com 25,7 mil toneladas (-8,4%), Filipinas, com 19,7 mil toneladas (+27,2%), Coreia do Sul, com 15,3 mil toneladas (+65,7%), Iraque, com 12,7 mil toneladas (+15,0%), Reino Unido, com 11,3 mil toneladas (+130,2%) e Singapura, com 10,9 mil toneladas (+14%).

Entre os principais estados exportadores, Paraná liderou o mês de agosto com 158,7 mil toneladas exportadas (-1,6%), seguido por Santa Catarina, com 89,7 mil toneladas (+6,5%), Rio Grande do Sul, com 44,1 mil toneladas (16,6%), São Paulo, com 24,5 mil toneladas (+3%) e Goiás, com 21,5 mil toneladas (+20,8%).

Brasil e México reforçam parceria sanitária e comercial em seminário sobre decisões baseadas na OMSA

Segunda edição do ROAD SHOW INTERNACIONAL 2025 da ABPA destaca papel da ciência e da cooperação para segurança alimentar e previsibilidade no comércio

Autoridades brasileiras e mexicanas, lideranças do setor agroalimentar e importadores participaram ontem do seminário “México-Brasil: Proteína Animal – Decisiones basadas en la OMSA para seguridad alimentaria”, segunda edição do ROAD SHOW INTERNACIONAL 2025, promovido na última quinta-feira (28/08) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Realizado no contexto da missão presidencial brasileira à Cidade do México durante a semana passada, o evento integrou a agenda bilateral de promoção do comércio de proteínas com base técnica, pautada pela transparência e alinhada aos padrões internacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O seminário contou com a presença do Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e do Embaixador do Brasil no México, Nedilson Jorge. Participaram ainda representantes da Secretaría de Agricultura y Desarrollo Rural (SEDAR), do Servicio Nacional de Sanidad, Inocuidad y Calidad Agroalimentaria de México (SENASICA), da COMECARNE, da CAMEBRA e da ANETIF, além de lideranças empresariais mexicanas e associadas à ABPA.

Durante o encontro, foram debatidos temas como regionalização sanitária, o reconhecimento dos estados do Acre, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul como livres de febre aftosa sem vacinação decisões proporcionais, reconhecimento mútuo de status sanitário e segurança alimentar como política pública multilateral, com foco na internalização das diretrizes da OMSA por parte dos países importadores.

“O México é um parceiro estratégico do Brasil, com laços institucionais consolidados e grande potencial para ampliação do comércio de carnes, ovos e genética avícola. Ao discutir decisões sanitárias sob a ótica da OMSA, damos mais previsibilidade ao comércio e mais segurança aos consumidores”, destacou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Em 2024, o México foi o 9º maior destino da carne de frango brasileira, com 191 mil toneladas exportadas e US$ 403 milhões em receita.

O seminário no México sucede a primeira edição do Road Show, realizada nas Filipinas, e antecede novas ações programadas em mercados estratégicos como China, União Europeia, África do Sul, Chile, Malásia, Peru, Canadá e Arábia Saudita.

O ROAD SHOW INTERNACIONAL 2025 integra a programação de ações do projeto setorial desenvolvido pela ABPA e ApexBrasil para a promoção global das marcas Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Duck.