As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 374,5 mil toneladas em fevereiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 7,4% o total embarcado pelo país no segundo mês de 2021, com 348,8 mil toneladas.
O resultado em dólares das exportações de fevereiro chegou a US$ 663 milhões, número 27,1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 521,6 milhões.
No primeiro bimestre, as vendas internacionais de carne de frango totalizaram 723,7 mil toneladas, volume 13% maior que o total exportado em 2021, com 640,4 mil toneladas. Em receita, houve aumento de 33,9%, com US$ 1,280 bilhão neste ano, contra US$ 956,1 milhões em 2021.
“As altas históricas dos custos de produção têm pressionado positivamente os preços internacionais de carne de frango, com o repasse aos preços finais. Ao mesmo tempo, as ocorrências de focos de Influenza Aviária em vários países da Europa, Ásia, África e, mais recentemente, na América do Norte, também favoreceram o desempenho das exportações brasileiras”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Os Emirados Árabes Unidos assumiram, pela primeira vez, a liderança nas exportações de carne de frango do Brasil, com 42,8 mil toneladas exportadas em fevereiro, número 89,9% superior ao alcançado no mesmo período de 2021. A China, agora no segundo posto, importou 42,3 mil toneladas (-8,4%). Em terceiro lugar, a África do Sul importou 30,7 mil toneladas (+6%).
Outros destaques do mês foram o México, com 19,6 mil toneladas (+358,3%), e União Europeia, com 16,5 mil toneladas (+35,1%).
“Os Emirados Árabes Unidos ganharam forte protagonismo nas exportações brasileiras dos últimos meses e foram decisivos, assim como o reforço das vendas ao México e à União Europeia. É esperado que estes níveis de compras nestas regiões se mantenham pelos próximos meses, especialmente porque a Ucrânia, que é um forte competidor do Brasil em destinos como a União Europeia, Arábia Saudita e países do Golfo, com o conflito, seguramente deixará de exportar os volumes habitualmente destinados a estas regiões”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.