Posicionamento Setorial – Doença de Newcastle

São Paulo, 26 de julho de 2024 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita que o restabelecimento integral do fluxo das exportações de carne de frango do Brasil será agilizado após a notificação feita pelo Ministério da Agricultura à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), sobre a conclusão do caso isolado de Doença de Newcastle notificada no município de Anta Gorda (RS).

Embora boa parte do fluxo sob suspensão esteja sendo assimilado por outros mercados importadores, a ABPA acredita que a notificação à OMSA (e o esperado restabelecimento status de livre da doença), bem como a alteração do status de autossuspensão e da área e abrangência sob monitoramento devem acelerar as negociações com os mercados importadores.

Dentro destes avanços, a ABPA ressalta o trabalho fundamental realizado pelo Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, bem como pelos Secretários Carlos Goulart, Roberto Perosa e suas equipes, para a otimização da solução do problema.

A situação, como se mostrou pelos resultados das amostras coletadas, foi pontual. A rapidez e a transparência das ações, neste contexto, ajudam a reforçar a elevada biosseguridade que trouxeram o Brasil à liderança global das exportações de carne de frango.

Presidente da ABPA destaca avanços na questão de doença de Newcastle no RS

Divulgação de análises e redução de zona de abrangência deve dar novo impulso ao restabelecimento das exportações

São Paulo, 25 de julho de 2024 – O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, ressaltou hoje a importância da divulgação das análises em torno do caso isolado de Doença de Newcastle, após registro positivo de um único caso em granja localizada no município de Anta Gorda (RS). Os resultados foram divulgados ontem, no início da noite, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.

De acordo com o presidente da ABPA, a divulgação das análises confirma a expectativa do setor em torno da situação identificada na granja avícola.

“Era um resultado já esperado pelos produtores. Agora, a atenção está em torno dos avanços do inquérito epidemiológico e das tratativas para o restabelecimento do fluxo de exportação do Brasil. Precisamos de máxima agilidade para o retorno da normalidade”, destacou.

Ontem, também, o Ministério da Agricultura atualizou a zona de abrangência de emergência zoosanitária do entorno da unidade produtora com a ocorrência, reduzindo o raio para os municípios Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado.

“A redução da zona de abrangência foi especialmente importante para outro anúncio feito pelo Ministério das autossuspensões, avançando especialmente em mercados com os mercados que identificamos como Lista Brasil. Há forte expectativa, agora, quanto à agilização das negociações com os mercados que responderam às autossuspensões estabelecidas pelo Brasil, como é o caso da China. O Ministro Fávaro, com seus secretários Carlos Goulart e Roberto Perosa e sua equipe sempre foram altamente efetivos nas tratativas internacionais e, por isto, estamos certos que este processo será otimizado. Em relação ao impacto inicial estimado, entendemos hoje que será menor do que o previamente projetado ”, ressalta Santin.

ABPA & ApexBrasil reforçam imagem de proteína animal no SIAVS 2024

Ação envolverá jornalistas internacionais, compradores e formadores de opinião, em ação que acontecerá durante o maior evento dos setores no Brasil

 

São Paulo, 23 de julho de 2024 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizarão uma série de iniciativas de imagem e fomento a novos negócios durante o Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS 2024), maior evento dos setores no Brasil, programado entre os dias 06 e 08 de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

A primeira destas ações é o Projeto Imagem, iniciativa que viabiliza a vinda de jornalistas estrangeiros de mercados-alvo para as exportações de proteína animal do Brasil. Nesta edição do Projeto, está prevista a participação de 32 jornalistas de 21 países – 19 deles vindos do exterior, e 13 correspondentes, de um total de 27 veículos de imprensa.

Como parte da ação de imagem, os jornalistas convidados participarão de uma programação especialmente construída para apresentar o setor produtivo, incluindo visitas ao SIAVS, participação em palestras do setor, coletivas com representantes da ABPA e de outras entidades e a visita a unidades de empresas do setor.

Outro projeto previsto para o SIAVS é o Formadores de Opinião. Ao todo, 18 stakeholders de 12 países diferentes foram convidados a participar do SIAVS. Entre eles estão lideranças e nomes relevantes de mercados importantes para a proteína animal do Brasil, que participarão de reuniões e apresentações previstas durante o evento.

Há, ainda, o Projeto Comprador. Por ele, mais de 20 importadores de proteínas animais do Brasil, provenientes de 15 países, participarão de encontros de negócios e outras ações previstas na programação.

“Os três projetos mantidos em parceria com a ApexBrasil têm objetivos distintos, mas um foco em comum: fortalecer os setores de proteína animal do Brasil, seja por meio da difusão dos reais atributos do nosso setor produtivo ou pela promoção de novos negócios com mercados relevantes para o Brasil”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre o SIAVS pelo site www.siavs.com.br.

 

SOBRE A ABPA – A ABPA é a representação político-institucional da avicultura e da suinocultura do Brasil. Congrega mais de 140 empresas e entidades dos vários elos da avicultura e da suinocultura do Brasil, responsáveis por uma pauta exportadora superior a US$ 8 bilhões. Sob a tutela da ABPA está a gestão, em parceria com a ApexBrasil, das cinco marcas setoriais das exportações brasileiras de aves, ovos e suínos: Brazilian Chicken, Brazilian Egg, Brazilian Breeders, Brazilian Duck e Brazilian Pork. Por meio de suas marcas setoriais, a ABPA promove ações especiais em mercados-alvo e divulga os diferenciais dos produtos avícolas e suinícolas do Brasil – como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção – e fomenta novos negócios para a cadeia exportadora de ovos, de material genético, de carne de frangos e de suínos.

SOBRE A APEXBRASIL – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A ApexBrasil também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atrair investimentos estrangeiros diretos (IED) ao Brasil, com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

SOBRE AS MARCAS SETORIAIS – Os Projetos Setoriais Brazilian Chicken, Brazilian Egg, Brazilian Breeders, Brazilian Duck e Brazilian Pork são mantidos pela ABPA em parceria com a ApexBrasil com o objetivo de promover junto ao mercado internacional as carnes de frangos, de suínos, patos, ovos e material genético produzidos no Brasil. Por meio da participação em feiras, realização de workshops e outras ações especiais de promoção comercial, os projetos valorizam atributos destes setores produtivos – como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção – e valorizam as marcas internacionais dos produtos, fomentando novos negócios para os exportadores brasileiros. Cerca de 62 empresas participam dos projetos atualmente. Informações sobre como fazer parte dos projetos setoriais podem ser obtidas pelo e-mail Isis.sardella@abpa-br.org.

 

DIA DO SUINOCULTOR: Projeções para julho superam 100 mil tons

Hoje, 24 de julho, é o Dia do Suinocultor, e o setor tem perspectivas positivas para celebrar. Projeções preliminares da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados), deverão superar consideravelmente a marca de 100 mil toneladas em julho.  Até o dia 21 de julho, já foram embarcadas 89 mil toneladas, conforme dados do setor. 

De acordo com as perspectivas da ABPA, o mês de julho deve reforçar o movimento positivo dos embarques de 2024, que vem em elevação de 4,1% em volume, conforme registrado nos seis primeiros meses deste ano janeiro a junho) em comparação com o mesmo período de 2023. 

“O mercado internacional está com demanda elevada por carne suína. Parte disto decorre da retração das exportações europeias, atuais líderes mundiais nas exportações do setor. Neste contexto, boas oportunidades foram abertas para o Brasil, que se apresentou como parceiro com capacidade de apoiar este fluxo”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Parte das expectativas vêm de negócios que deverão ser fechados neste segundo semestre em eventos internacionais, como é o caso do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), programado entre os dias 06 e 08 de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com o presidente da ABPA, dezenas de empresas que produzem e exportam carne suína confirmaram presença no evento com estandes próprios ou por meio de pavilhões com pool de marcas.  Nestes espaços, centenas de traders e clientes internacionais que confirmaram participação no evento deverão fechar novos embarques para os mais de 100 destinos da carne suína do Brasil. 

Também há forte expectativa quanto às negociações com empresas de varejo e atacado confirmadas para o SIAVS, que conta com o apoio institucional da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).  São clientes internos em busca das mais de 100 marcas de proteínas animais destacadas para o Salão, que é o maior dos setores no Brasil. 

Principais homenageados deste dia 24 de julho, os suinocultores também contarão com uma série de atrações exclusivas. Além da presença das maiores empresas fornecedoras de equipamentos e tecnologias para as granjas, o SIAVS contará com programação de palestras especiais para produtores integrados e independentes de todo o país. Mais de 2,5 mil produtores – entre suinocultores e avicultores – já confirmaram participação no evento. 

“O suinocultor é a base de toda a produção suinícola do país. Grande parte do bom desempenho que devemos registrar neste mês é resultado do empenho destes produtores na preservação da biosseguridade e na atenção total à qualidade, que tem permitido ao país avançar ano após ano. É o alicerce deste grande setor que terá no SIAVS uma série de oportunidades de novos negócios e de investimentos”, completa Santin.

Impactos de caso isolado de Doença de Newcastle sobre Exportações não deverá ser relevante

Em coletiva de imprensa, presidentes da ABPA e ASGAV apontam expectativa de positivas sobre restabelecimento da normalidade

São Paulo, 19 de julho de 2024 – A ação de esclarecimento e monitoramento da amostra de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul foi rápida e não se esperam impactos significativos sobre as exportações avícolas do Brasil.  A análise foi apresentada hoje pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e pelo presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo dos Santos, em coletiva de imprensa híbrida ocorrida em Porto Alegre (RS).

De acordo com o presidente da ABPA, o autoembargo anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil era esperado por conta dos acordos sanitários assinados pelo Brasil, e reforça a posição de transparência com relação aos cuidados sanitários com a produção.  Conforme dados apresentados por Santin, a exportação brasileira representa, em média, 430 mil toneladas mensais.  No cenário mais extremo, os destinos em que há algum tipo de embargo, total ou parcial, país ou estado, podem gerar impacto nestes destinos de, no máximo, 60 mil toneladas.

“Isto não significa que este volume será destinado ao mercado interno.  Provavelmente, os fluxos serão alocados para outros possíveis destinos demandantes destes produtos, especialmente em um momento em que a demanda internacional está aquecida”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O dado representaria, no máximo, entre 5% e 7% da produção mensal brasileira.  “Cabe reiterar que este é um cenário extremo e não é o que se espera em relação ao comportamento dos mercados.  Já há indicativos de potenciais retomadas no curtíssimo prazo, graças ao célere e transparente trabalho de esclarecimento por parte das autoridades técnicas e de negociação dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores”, completa o diretor de mercados, Luís Rua, que participou da coletiva.  

Conforme o presidente da ASGAV, a rápida notificação e tomada de ações pelas autoridades sanitárias federais e do estado permitiram a visualização mais clara do quadro.

“Identificou-se rapidamente o entorno da propriedade, foram feitas as análises, seguiu-se o monitoramento.   Não há sinalizações de ampliações da ocorrência e, sim, apenas uma amostra identificada na testagem de uma situação pontual.  Por tudo isso, esperamos que o restabelecimento da normalidade ocorra no curto prazo.  Vale lembrar, também, que não há qualquer risco para o consumidor e que já foram realizadas todas as etapas de eliminação da ocorrência e desinfecção da granja”, pontua.

 

 

POSICIONAMENTO SETORIAL – Doença de Newcastle

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) estão acompanhando e dando suporte à ação do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, em relação à uma amostra que testou positivo para o caso de Doença de Newcastle em granja do estado.

As autoridades federais e do estado agiram rapidamente na identificação do caso com interdição da granja, garantindo que não houvesse saída de aves. Os protocolos oficiais estabelecidos para a mitigação da situação pontual foram acionados e o entorno segue monitorado.

A doença é de notificação obrigatória e o processo de informação à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) já foi realizado. Como de praxe, o Brasil manteve e manterá total transparência no tratamento à situação, garantindo rápida solução a esta que é questão sanitária das aves.

VITÓRIA DA SEGURANÇA ALIMENTAR – PROTEÍNA ANIMAL NA CESTA BASICA ISENTA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e os produtores de alimentos avícolas e suinícolas celebraram hoje a decisão histórica da regulamentação da Reforma Tributária com a inclusão das carnes na Cesta Básica Isenta, após votação ocorrida há pouco no Plenário da Câmara dos Deputados.

É uma vitória daqueles que lutam pela segurança alimentar do País, e que compreendem que o direito ao acesso às carnes e aos seus nutrientes essenciais deve ser preservado.

O Brasil é um dos maiores consumidores de proteínas animais do mundo, com consumo médio per capita superior a 100 quilos.

Neste sentido, a ABPA registra os seus os agradecimentos à sensibilidade do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, e de todos os integrantes da FPA, de outras Frentes e dos demais congresssistas, o que permitiu a inclusão das proteínas animais na cesta basica isenta.

Exportações brasileiras de carne suína mantêm alta de 4,1% em 2024

Setor registra melhor 1° semestre da série histórica das exportações

São Paulo, 08 de julho de 2024 – As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) registraram o melhor primeiro semestre da história, com total de 613,7 mil toneladas embarcadas entre janeiro e junho, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O dado supera em 4,1% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 589,8 mil toneladas.

Em receita, as exportações de carne suína totalizaram US$ 1,300 bilhão no mesmo período comparativo (janeiro a junho), número 8% menor em relação à 2023, com US$ 1,413 bilhão.

Considerando apenas o mês de junho, as vendas internacionais de carne suína totalizaram 107,1 mil toneladas, número 1,4% menor do que o total exportado no sexto mês de 2023, com 108,6 mil toneladas. A receita gerada no período chegou a US$ 235,3 milhões, número 11% menor que o total exportado no ano anterior, com US$ 264,3 milhões.

“Neste primeiro semestre vimos um redesenho das exportações de carne suína do Brasil. Antes responsável por mais de 50% de nossas exportações, os embarques para a China têm retraído e sido substituídos pelas vendas para outros mercados relevantes, como é o caso das Filipinas, do Japão, que assumiram respectivamente o segundo e terceiro lugares como maiores importadores em junho. Desta forma, o fluxo se manteve positivo e a tendência é de fechamento com alta em volumes exportados neste ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

No levantamento por estado, Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 337 mil toneladas embarcadas entre janeiro e junho, número 5,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 131 mil toneladas (-2,5%), Paraná, com 80,2 mil toneladas (-1,6%), Mato Grosso, com 17,5 mil toneladas (+40,3%) e Mato Grosso do Sul, com 12,6 mil toneladas (-2,8%).

No levantamento por país, a China foi destino de 127,9 mil toneladas no primeiro semestre deste ano (-40,3% em relação ao mesmo período do ano anterior), sendo seguida por Filipinas, com 84,2 mil toneladas (+65,3%), Hong Kong, com 51,9 mil toneladas (-15,1%), Chile, com 50,3 mil toneladas (+21,7%), Singapura, com 41,4 mil toneladas (+19,5%) e Japão, com 37,5 mil toneladas (+107,3%).

“Vale destacar, também, o contínuo crescimento das exportações para todos os países da América do Norte e na América do Sul, com incrementos importantes nas vendas para o Chile e Peru. São indicadores da nova estratégia brasileira, que tem investido cada vez mais na ampliação da capilaridade das exportações de carne suína”, destaca Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.

Média de exportações de carne de frango indica resultado positiva para 2024

Volume médio embarcado neste ano segue em patamares acima dos registrados em 2023

Veja a análise do presidente da ABPA, Ricardo Santin: https://drive.google.com/file/d/1rm93I_gkVPqOt0Jj5rQpN4tS4G-G8rtm/view?usp=sharing

São Paulo, 08 de julho de 2024 – A média de exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) em 2024 indica resultados positivos para o ano de 2024, analisa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Conforme a análise comparativa, a média das exportações registradas neste ano foi de 431,4 mil toneladas, número 0,8% superior ao registrado na média dos doze meses do ano passado, com 428,2 mil toneladas..

No levantamento mensal, as exportações de carne de frango do mês de junho totalizaram 435,9 mil toneladas, número 2,3% menor que as 446,2 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado. A receita obtida no período chegou a US$ 793,6 milhões, saldo 10,6% menor que o total registrado em junho de 2023, com US$ 887,5 milhões.

Já na análise do semestre, as exportações de carne de frango totalizaram até aqui 2,588 milhões de toneladas, número 1,6% menor que o total registrado nos seis primeiros meses de 2023, com 2,629 milhões de toneladas. A receita acumulada no período chegou a US$ 4,636 bilhões, saldo 10,3% menor que o acumulado no ano anterior, com US$ 5,168 bilhões.

“A oscilação levemente negativa nos embarques comparativos de junho não é suficiente para comprometer o momento positivo vivido pelas exportações de carne de frango. O fato da média do primeiro semestre superar a média geral de 2023, aliada ao fato de que o segundo semestre é, tradicionalmente, o melhor período para as exportações, apontam para novos resultados positivos para o ano de 2024”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

De acordo com o levantamento, a China, principal destino das exportações, importou 276,1 mil toneladas no primeiro semestre, número 29% menor que o total registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão os Emirados Árabes Unidos, com 240,1 mil toneladas (+20%), Japão, com 214,2 mil toneladas (-3%) e Arábia Saudita, com 206 mil toneladas (+17%).

No levantamento por Estado, o Paraná segue como principal exportador, com 1,076 milhão de toneladas exportadas no primeiro semestre deste ano, número 1,1% menor do que o registrado em 2023. Em seguida estão Santa Catarina, com 563,6 mil toneladas (+3,4%), Rio Grande do Sul, com 354,3 mil toneladas (-4,74%), São Paulo, com 136,9 mil toneladas (-9,4%) e Goiás, com 125,7 mil toneladas (+4,6%).

“Vale destacar positivamente para o incremento dos volumes destinados aos países latino-americanos nestes últimos meses, no momento em que o principal concorrente do Brasil no mercado internacional, os EUA, apresenta redução significativa de suas exportações. Isto tem permitido ao Brasil se reposicionar em mercados estratégicos para produtos como perna e peito de frango, auxiliando na segurança alimentar dos parceiros comerciais. Por sua vez, os países do Oriente Médio mantêm elevada demanda pelo produto brasileiro”, comentou o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

ABPA – POSICIONAMENTO SETORIAL

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), assim como toda a cadeia produtora da avicultura e da suinocultura do país, lamenta a decisão inicial do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados de não incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional – contempladas com alíquota zero após a Reforma Tributária.

A eventual manutenção da decisão terá impactos diretos no acesso aos alimentos da população brasileira – em especial, a parcela com menor poder aquisitivo.

Tomando por base de cálculo o quilo de cortes de carne de frango no Estado de São Paulo, a estimativa de imediata elevação de preços finais da indústria seria superior a 10%, como consequência direta do repasse da tributação.

Vale lembrar que as carnes são alimentos básicos para a população do Brasil. Em média, cada brasileiro consome 46 quilos de carne de frango e 18 quilos de carne suína.

Diante disto, as representações dos setores – que geram mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos – esperam que parlamentares sensíveis à manutenção da oferta de alimentos apoiem a revisão da medida.