Singapura libera embarques de carne suína processada do Brasil

Mercado já é o quinto principal importador de carne suína in natura do Brasil; Setor espera significativos incrementos nas compras do país asiático

 

São Paulo, 04 de agosto de 2023 – A *Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)* aplaudiu o anúncio feito hoje (04) pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, sobre a abertura do mercado de Singapura para a carne suína processada do Brasil.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a oportunidade gerada a partir das tratativas concluídas pelo Governo Brasileiro deverá proporcionar significativo incremento nas exportações de carne suína do Brasil.

“Singapura é um país com elevados níveis de consumo per capita de carne suína. Há uma notável demanda por produtos de maior valor agregado, o que deverá gerar resultados diretos na receita das exportações para o destino”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Singapura, uma cidade-estado localizada na ponta-sul da Península Malaia, possui uma população total de 5,6 milhões de habitantes e uma das mais elevadas rendas per capita anuais do planeta, com US$ 82,8 mil, conforme dados do Banco Mundial.

Atualmente, Singapura já importa carne suína in natura do Brasil e tem incrementado a demanda pelo produto brasileiro. É o quinto principal destino das exportações, com 34,7 mil toneladas importadas no primeiro semestre deste ano, número 9,2% superior aos embarques registrados em 2022. Os embarques para o país asiático geraram US$ 91,7 milhões no período. 

Na ABPA, autoridades chinesas participam de encontro com avicultura e suinocultura do Brasil

Diretor geral e membros da CIQA debatem questões técnicas com exportadores de carne de frango e de suínos do Brasil; vice-governador do RS e secretários do estado, além do diretor-presidente da ADAPAR participam do encontro

 

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, recebeu hoje (02) o vice-presidente da Agência de Inspeção e Quarentena de Entrada e Saída do Governo da China (CIQA), Wang Zhiyong, e o secretário da Agência, Duan Xiaohong, juntamente com representantes de organizações importadoras de proteína animal do país asiático. O encontro ocorreu na sede da entidade, em São Paulo (SP).

Em sua apresentação, o presidente da ABPA reforçou a ampla capacidade dos produtores de aves e de suínos do Brasil em fornecer produtos de alta qualidade e sustentabilidade. Também reforçou os rígidos controles adotados pelo Brasil, o reforço aos protocolos de biosseguridade e a ampla ação de monitoramento frente aos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves silvestres. Santin lembrou que o Brasil segue livre de registros da enfermidade em planteis comerciais.

O presidente da ABPA também reforçou o pedido, já apresentado pelo Ministério da Agricultura do Brasil, pelo reconhecimento de toda a área brasileira livre de aftosa sem vacinação – status já obtido junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina possui este reconhecimento, o que permite a realização de exportações de carne suína com osso e de miúdos de suínos para o mercado chinês.

O encontro contou com a participação do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, além dos secretários de Agricultura do Estado, Giovani Feltes, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria de Agricultura gaúcha, Rosane Collares. Durante o encontro, o vice-governador apresentou um convite às representações chinesas para a realização de missões sanitárias no sistema gaúcho. Também foi feito um convite para a Expointer, com início previsto em 26 de agosto, em Esteio (RS).   

Representando o governo paranaense no encontro, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Otamir Cesar Martins, esteve presente, juntamente com membros da agência de defesa. Na ocasião, os representantes paranaenses apresentaram a robustez da estrutura de defesa agropecuária, além de reforçar a importância da produção de proteína animal para o Estado.  

“Com total transparência, destacamos nossa posição como parceiros no auxílio à segurança alimentar da população chinesa. Queremos ampliar as relações comerciais com este que é o mais relevante mercado para a proteína animal do Brasil”, avalia Ricardo Santin.

Além de autoridades do Brasil e da China, o encontro reuniu representantes de agroindústrias exportadoras de aves e de suínos para o mercado chinês. 

ABPA promove missão no Japão e na Coreia do Sul para fortalecer laços

Associação acompanhará agenda do Ministério da Agricultura e realizará, em parceria com a ABIEC e ApexBrasil, seminários para esclarecimentos sobre a biosseguridade brasileira

São Paulo, 24 de julho de 2023 – O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e o diretor de mercados da entidade, Luís Rua, iniciaram esta semana uma missão empresarial por dois mercados estratégicos para as exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil na Ásia.

A programação se iniciou hoje com reuniões com importadores sul-coreanos, na Embaixada do Brasil em Seul. Na terça-feira (25), a ABPA realizará um seminário para stakeholders, autoridades sanitárias e importadores da Coreia do Sul, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Na ocasião, estarão presentes o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, representantes da equipe ministerial, a embaixadora do Brasil em Seul, Márcia Donner Abreu, membros da Embaixada, do Ministério das Relações Exteriores, além de uma comitiva de representantes de agroindústrias do Brasil.

Durante o evento – que contará com o apoio da coordenadora de marketing e promoção comercial da ABPA, Nayara Dalmolin – serão apresentadas as estratégias brasileiras para a preservação do status sanitário do país. Também serão destacados os diferenciais que fazem do Brasil o principal fornecedor internacional de carne de frango para o mercado sul-coreano, além de um potencial parceiro para incremento no abastecimento de carne suína. Mais de 60 representantes do país asiático são esperados no evento.

Na programação, também estão previstas reuniões com importadores e outras representações com influência direta no consumo e importações de produtos para a Coreia do Sul.

“A Coreia do Sul é um dos 5 principais importadores de carne suína do mundo e o Brasil ainda tem participação tímida nos volumes importados pelos sul-coreanos. O possível reconhecimento dos estados do Acre, Paraná e Rio Grande do Sul como livres de febre aftosa sem vacinação, que está sendo negociado entre os países, pode ser um importante impulso para o incremento da parceria estratégica entre os dois países” menciona o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

No primeiro semestre, a Coreia do Sul importou 98,8 mil toneladas de carne de frango e 5 mil toneladas de carne suína do Brasil. Somadas, as exportações dos dois produtos geraram quase US$ 230 milhões em receita apenas nos seis primeiros meses de 2023.

JAPÃO – A próxima etapa da missão será a partir da quinta-feira (27), em Tóquio. Lá, os representantes da ABPA, juntamente com a ABIEC e ApexBrasil, promoverão um novo seminário sobre a biosseguridade do setor de proteína animal do Brasil e as oportunidades de abertura e ampliação de regiões reconhecidas como livres de aftosa sem vacinação. Mais de 150 representações japonesas foram confirmadas no evento.

Na ocasião, Santin e Rua reforçarão os esforços brasileiros para a construção de uma solução que destrave as suspensões aplicadas pelas autoridades japonesas ao comércio de produtos avícolas de Santa Catarina e Espírito Santo para o Japão. Recentemente, as importações dos estados foram temporariamente suspensas após registro de caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves de fundo de quintal – decisão que contraria as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.

A agenda na capital japonesa contará, ainda, com diversos encontros com representações de importadores e outras representações locais.

“O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, liderará esses esforços, juntamente com sua equipe, a Embaixada Brasileira em Tóquio, o Ministério das Relações Exteriores e a ApexBrasil. Como setor privado, apresentaremos explicações aos importadores e representações institucionais sobre a biosseguridade brasileira, reforçando nosso compromisso com a biosseguridade e o apoio à segurança alimentar para a população japonesa. Vamos apoiar o Governo Brasileiro para o restabelecimento do fluxo normal de exportações para o Japão no menor prazo possível”, ressalta Santin.

Entre carne de frango e carne suína, o país asiático importou 238 mil toneladas de carnes, gerando cerca de US$ 490 milhões em receita apenas no primeiro semestre deste ano. É o segundo principal destino em carne de frango, e figura entre os 20 maiores destinos da carne suína do Brasil. O país também é o principal importador de ovos do Brasil, com 6,9 mil toneladas importadas entre janeiro e junho deste ano.

DIA DO SUINOCULTOR: Setor busca superação de tempestade e prevê recorde potencial nas exportações

Vídeo do presidente da ABPA, Ricardo Santin: https://bit.ly/44zUdpW

São Paulo, 24 de julho de 2023 – Após enfrentar uma das mais severas crises de sua história, a suinocultura do Brasil entra em uma fase de recuperação, com perspectivas um pouco mais positivas já para este ano.  A análise é do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, que celebra o novo momento do setor produtivo em meio às comemorações do Dia do Suinocultor, celebrado nesta segunda-feira, 24 de julho.

De acordo com o presidente da ABPA, produtores e agroindústrias suinícolas de todo o país vivenciaram um período de intensos desafios ao longo dos últimos três anos, frente às adversidades geradas pelos altos custos de produção e a pandemia global. Neste contexto, não foram incomuns casos de empresas e suinocultores operando com prejuízo, porém, mantendo o fluxo produtivo.

“O produtor foi resiliente em sua atividade e ajudou a preservar a oferta de alimentos e o abastecimento das famílias brasileiras. Após um período desafiador, vemos um quadro mais positivo, com perspectivas de avanços no cenário interno e internacional”, analisa.

Os números respaldam esta perspectiva ligeiramente mais otimista. De acordo com a ABPA, a produção de carne suína deverá romper a barreira de 5 milhões de toneladas pela primeira vez na história. No mercado internacional, um novo recorde é esperado, próximo das 1,2 milhão de toneladas embarcadas para os mais de 90 destinos importadores do produto brasileiro.

Estas projeções se baseiam no comportamento do setor apresentado até aqui, explica Santin. De acordo com os levantamentos da ABPA, as exportações brasileiras de carne suína já são 15,6% maiores este ano, com cerca de 590 mil toneladas exportadas no primeiro semestre de 2023. A receita gerada tem crescimento ainda mais expressivo, com US$ 1,413 bilhão de saldo acumulado entre janeiro e junho, o que supera em 26,7% o desempenho no mesmo período de 2022.

Assim como as exportações, o consumo per capita brasileiro também deve apresentar crescimento em relação aos 18 quilos registrados em 2022, pelas projeções iniciais da ABPA.

“O Brasil tem ocupado espaço de outros grandes players internacionais, como é o caso da União Europeia, reforçando o papel do nosso país na segurança alimentar global. Neste contexto, temos finalmente um fôlego com uma retração gradativa nos preços do milho e do farelo de soja, o que é um alento frente às altas acumuladas em mais de 150%, registradas entre 2020 e 2022. Ainda persistem as altas em outros insumos como diesel, energia, plástico e papelão. Contudo, há uma perspectiva positiva e produtores e agroindústrias vivenciam atualmente um momento de equilíbrio nas contas”, analisa Santin.

As projeções consolidadas sobre a suinocultura e a avicultura do Brasil serão apresentadas pela ABPA no dia 17 de agosto, em coletiva de imprensa. Acompanhe em breve as informações pelo site www.abpa-br.org.

Exportações de genética avícola crescem 95% no primeiro semestre

Receita dos embarques se aproximam de US$ 130 milhões

São Paulo, 20 de julho de 2023 – Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações de genética avícola (incluindo pintos de 01 dia e ovos férteis) totalizaram 14,156 mil toneladas de entre janeiro e junho de 2023, número que supera em 95% o total embarcado nos seis primeiros meses de 2022, com 7,274 mil toneladas.

A receita das exportações de genética avícola totalizaram US$ 129,425 milhões no primeiro semestre, número 61% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 80,543 milhões.

Considerando apenas o mês de junho, houve um aumento de 44,7% nos embarques do setor, com 1,579 mil toneladas no sexto mês de 2023, contra 1,091 mil toneladas em 2022. A receita mensal de exportações cresceu 10,9%, com 16,372 milhões no mês passado, contra US$ 14,764 milhões em junho de 2022.

Maior importador da genética avícola do Brasil, o México foi destino de 8,912 mil toneladas entre janeiro e junho, número 260% superior ao registrado no mesmo período de 2022. Em seguida estão Senegal, com 1,572 mil toneladas (-37%), Paraguai, com 1,406 mil toneladas (+6%) e Peru, com 1,352 mil toneladas (+2099%).

“Houve uma alteração na demanda dos produtos de genética avícola do Brasil, que agora ganharam maior relevância nas nações da América Latina. A forte elevação é uma prova da confiança dos importadores na qualidade e na biosseguridade na avicultura do Brasil”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Exportações de ovos aumentam 150% no primeiro semestre

Vendas para países asiáticos impulsionam desempenho do setor

São Paulo, 19 de julho de 2023 – As exportações brasileiras de ovos (considerando produtos in natura e industrializados) cresceram 150% neste primeiro semestre, em relação ao ano anterior, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram embarcadas 16,6 mil toneladas entre janeiro e junho deste ano, contra 6,6 mil toneladas no mesmo período de 2022.

A receita gerada pelas exportações do semestre totalizou US$ 41,2 milhões, número 222,4% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2022, com US$ 12,8 milhões.

Considerando apenas o mês de junho, foram exportadas 4,6 mil toneladas de ovos do Brasil, volume 901,1% superior ao registrado em 2022, com 469 toneladas. Em receita, a alta é de 608,6% no período, com US$ 11,6 milhões no sexto mês deste ano, contra US$ 1,6 milhão no mesmo período do ano anterior.

“Registramos em 2023 o melhor semestre dos últimos dez anos, com a expectativa de alcançar um novo patamar nas exportações de ovos do Brasil em 2023 graças à média registrada nos últimos três meses, acima de 4 mil toneladas mensais. Os volumes embarcados entre abril e junho estabeleceram o melhor trimestre já registrado pelo setor. Embora não cause impacto na oferta interna de ovos, já que representa menos de 1% da produção, as vendas internacionais se consolidaram como uma importante fonte de receita para as empresas do setor frente aos desafios gerados pelos custos de produção ao longo dos últimos tempos”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. 

Entre os principais destinos das exportações, o Japão aparece como principal importador, com 6,9 mil toneladas importadas entre janeiro e junho deste ano, resultado 1.304% superior ao registrado no mesmo período de 2022.  Logo em seguida aparece Taiwan, com 5,4 mil toneladas (no ano anterior, não houve embarque de produtos para o destino asiático).

“A recente suspensão do Japão aos produtos avícolas de Santa Catarina não deve gerar impactos às vendas de ovos do Brasil. Em todo o primeiro semestre, menos de 0,2 toneladas do produto de Santa Catarina foram embarcadas para o destino asiático”, avalia o diretor de mercados, Luis Rua.

Posicionamento Setorial: Suspensão exportações de carne de frango de SC para o Japão

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne – SC) lamentam a decisão das autoridades sanitárias do Japão em suspender temporariamente as importações de carne de frango produzidas e exportadas pelo Estado de Santa Catarina.

A decisão ocorreu após registro de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em ave de fundo de quintal, situação que, conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), não altera o status do Brasil como livre de Influenza Aviária. Cabe lembrar que o Brasil não possui qualquer registro de IAAP na produção industrial – esta é a única situação que poderia gerar alteração no status brasileiro.

Atualmente, os embarques mensais de carne de frango de plantas catarinenses para o Japão representam menos de 3% do total exportado pelo Brasil. A ABPA, a ACAV e Sindicarne – SC esperam que parte do impacto da suspensão imposta seja absorvida por outras unidades frigoríficas também habilitadas a exportar, localizadas em outros estados – diminuindo, assim, os efeitos negativos para as exportações brasileiras e aos consumidores japoneses.

Ao mesmo tempo, as associações estão apoiando o trabalho realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com a Secretaria de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina no monitoramento do caso de Influenza Aviária em ave de fundo de quintal registrado no estado.

A ABPA, a ACAV e o Sindicarne-SC lembram que não há qualquer risco no consumo dos produtos, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO-ONU) e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal. Ao mesmo tempo, as entidades do setor informam que todos os protocolos de biosseguridade seguem elevados.

Por fim, as associações reforçam o reconhecimento de toda a cadeia produtiva ao trabalho de excelência liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Secretaria de Agricultura catarinense, juntamente com as Secretarias de outros estados brasileiros, em total dedicação, eficiência e transparência no trabalho de monitoramento à Influenza Aviária do Brasil.

Reino Unido restabelece modelo de aprovação de plantas exportadores de carne de frango do Brasil

Adoção do pré-listing reforça confiança do mercado no sistema brasileiro 

São Paulo, 17 de julho de 2023 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a informação divulgada hoje (17) pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária e o das Relações Exteriores sobre o restabelecimento, pelas autoridades sanitárias do Reino Unido, do sistema de habilitação de plantas pelo modelo de “pré-listing” para exportações de carne de frango ao país.

Pelo sistema, todas as empresas que desejarem embarcar carne de frango para o mercado do Reino Unido deverão ser aprovadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária brasileiro, e não mais por missões de habilitação individual de estabelecimentos realizadas pelas autoridades do país europeu. As missões britânicas, a partir de agora, se concentrarão em revalidar o sistema brasileiro de inspeção.

“Além de desburocratizar a autorização das exportações brasileiras para este destino de alto valor agregado para a avicultura brasileira, o sistema de pré-listing é uma demonstração de elevada confiança das autoridades do Reino Unido no sistema de inspeção brasileiro. Vale destacar o trabalho conjunto realizado pelos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, Embaixada em Londres, Adidância Agrícola e o setor privado para este importante reconhecimento”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Entre embarques intras e extra-cotas (com tarifas mais elevadas), o Brasil exportou para o Reino Unido cerca de 53,3 mil toneladas de carne de frango entre janeiro e junho deste ano, gerando receita de US$ US$ 166,3 milhões.  Atualmente, o país europeu é um dos quinze maiores importadores do produto avícola brasileiro.

“Do ponto de vista mercadológico, o retorno ao sistema de pré-listing permitirá potencialmente que mais empresas brasileiras acessem este que é um dos maiores mercados consumidores do mundo, garantindo maior acesso e mais opções de comercialização aos exportadores brasileiros” pontua o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

Outro importante avanço anunciado hoje foi o aceite do Reino Unido do modelo de regionalização para eventuais ocorrências de Influenza Aviária em produção comercial no Brasil – lembrando que o país segue sem qualquer caso registrado em granjas industriais.

As relações comerciais entre os exportadores de carne de frango do Brasil e o Reino Unido têm conquistado novos capítulos em 2023. No mês de abril, o país europeu atualizou o sistema de cotas de importação do produto brasileiro, outro fruto das tratativas realizadas pelos MAPA e MRE junto aos mercados estratégicos para o Brasil. As novas cotas foram expandidas para 96,5 mil toneladas anuais (acrescendo em 16,6 mil toneladas anuais), gerando um incremento potencial de cerca de US$ 60 milhões nas exportações.

Exportações de carne de frango fecham 1° semestre com alta de 8,5%

Vendas de carne suína mantêm alta de 15,6% no ano

Análise do Presidente da ABPA – Ricardo Santin

Carne de Frango: https://drive.google.com/file/d/1IoUGaiCTVErj0fJneLUu7soXlz5Ms9J6/view?usp=sharing

Carne Suína: https://drive.google.com/file/d/1S-koT5jKV4qkcnYOEGLHEFCkuUe8YnRo/view?usp=sharing

São Paulo, 07 de julho de 2023 – As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2,629 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 8,5% as vendas internacionais realizadas nos seis primeiros meses de 2022, com 2,423 milhões de toneladas.

A receita acumulada ao longo do primeiro semestre alcançou US$ 5,168 bilhões, saldo que supera em 9,3% os números acumulados entre janeiro e junho de 2022, com US$ 4,728 bilhões.

Considerando apenas o mês de junho, as exportações brasileiras de carne de frango alcançaram 446,2 mil toneladas, número 3,2% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com 432,5 mil toneladas. A receita gerada pelas exportações chegou a US$ 887,5 milhões, número 6,7% menor que os US$ 951,7 milhões registrados em junho de 2022.

No levantamento por países, a China segue como principal destino, com 390,7 mil toneladas importadas entre janeiro e junho (superando em 33% o resultado alcançado no primeiro semestre de 2022). Em seguida estão o Japão, com 219,8 mil toneladas (+8,5%), Emirados Árabes Unidos, com 200,1 mil toneladas (-18,3%), África do Sul, com 189,7 mil toneladas (+16,5%) e Arábia Saudita, com 176,8 mil toneladas (+8,4%).

Entre os estados exportadores, o Paraná segue na liderança, com 1,090 milhão de toneladas nos seis primeiros meses deste ano (+11,1% em relação ao primeiro semestre de 2022), seguido por Santa Catarina, com 545,5 mil toneladas (+7,44%), Rio Grande do Sul, com 372,7 mil toneladas (-1,9%), São Paulo, com 151,4 mil toneladas (+17%) e Goiás, com 120,4 mil toneladas (30,8%).

“Ao longo deste ano registramos elevações em praticamente todos os destinos de exportações do Brasil, especialmente na Ásia. O comportamento positivo das exportações em níveis mensais médios próximos das 440 mil toneladas é uma sinalização importante da confiança dos mercados na qualidade do produto, na biossegurança da produção e na transparência e efetividade do trabalho do Ministério da Agricultura e demais órgãos do Brasil sobre o monitoramento da Influenza Aviária”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

CARNE SUÍNA – Segundo os levantamentos da ABPA, as exportações brasileiras de carne suína alcançaram 589,8 mil toneladas entre janeiro e junho deste ano, volume que supera em 15,6% os embarques realizados no mesmo período de 2022, com 510,2 mil toneladas.

Ainda no primeiro semestre, a receita das exportações chegou a US$ 1,413 bilhão, saldo 26,7% superior ao resultado registrado entre janeiro e junho de 2022, com US$ 1,115 bilhão.

Considerando apenas o mês de junho, as vendas de carne suína alcançaram 108,6 mil toneladas (melhor resultado mensal registrado em 2023), número 16,1% superior ao registrado em 2022, com 93,5 mil toneladas. A receita das vendas internacionais do mês chegou a US$ 264,3 milhões, saldo 20,7% maior que o total registrado em 2022, com US$ 219,1 milhões.

A China segue com principal importadora da carne suína brasileira, com 214,4 mil toneladas importadas no primeiro semestre (17,1% acima do registrado no ano passado), seguida por Hong Kong, com 61,1 mil toneladas (+21,6%), Filipinas, com 50,9 mil toneladas (+21,8%) e Chile, com 41,3 mil toneladas (+78%).

Santa Catarina segue como maior estado exportador de carne suína, com 321,2 mil toneladas exportadas entre janeiro e junho (+14,9%), seguido por Rio Grande do Sul, com 134,4 mil toneladas (+17,35%), Paraná, com 81,5 mil toneladas (+6,28%), Mato Grosso do Sul, com 13 mil toneladas (+56,44%) e Mato Grosso, com 12,5 mil toneladas (+69,8%).

“Em um cenário ainda desafiador para a suinocultura, as exportações de carne suína têm aumentado de maneira significativa no acumulado do ano, funcionando como uma alternativa. O Brasil tem crescido a sua participação em mercados relevantes, na esteira da diminuição dos volumes exportados, por exemplo, pela União Europeia, maior exportador mundial, e o Canadá, terceiro maior exportador. Para além do aumento expressivo de volume na China, Chile e Japão são os destaques positivos no primeiro semestre” disse o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

Avicultura da América Latina celebra crescimento da produção e consumo e reforça compromisso com a segurança alimentar do continente

Esta sexta-feira, 07 de julho, é o Dia Latino-americano do Frango, data escolhida pelos membros da Associação Latino-americana de Avicultura (ALA) para exaltar a importância desta proteína animal para o setor e para as nações do continente. E há muitos feitos a serem celebrados, de acordo com a entidade máxima da avicultura e com o Instituto Latinoamericano del Pollo (ILP) – braço da associação para a promoção do consumo da proteína no continente.

Segundo dados coletados pelas entidades, a produção dos países membros da América Latina cresceram mais de 20% nos últimos 10 anos. Atualmente, a soma da produção dos países da América Latina está em 28,8 milhões de toneladas em 2022, segundo dados informados pelas associações dos países membros da ALA.

Para se ter uma ideia da representatividade da região, a produção de carne de frango do continente é equivalente a quase 30% das 101 milhões de toneladas produzidas em todo o mundo. Em números absolutos, a produção da região supera em quase 10 milhões de toneladas produzidas pela Europa, com total de 18,8 milhões de toneladas, conforme a base de dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A maior parte da produção é voltada para abastecer a própria população, que tem um expressivo consumo per capita, segundo dados da ALA/ILP. Anualmente, em média cada latino-americano consumiu 39,4 quilos per capita (dados de 2022) – é quase o dobro do consumo per capita europeu, que totalizou 19,5 quilos per capita, segundo a Associação de Processadores de Aves e Comércio de Aves nos países da União Europeia (AVEC).

A região também se destaca com a maior exportação global de carne de frango. Em 2022, os países da região exportaram 5,3 milhões de toneladas das 13,5 milhões de toneladas exportadas ao redor do mundo, o equivalente a quase 40% de todo o comércio internacional da carne avícola.

“A produção de carne de frango da América Latina é referência para o mundo em qualidade, eficiência produtiva e sustentabilidade. Entre as nossas nações temos diversos destaques, de grandes produtores a públicos consumidores com índices de consumo per capita entre os mais altos do planeta. Nossa diversidade é nossa maior força e faz de nossa cadeia produtiva um alicerce para a segurança alimentar de nossos povos e de várias nações de todo o mundo”, destaca o presidente da ALA, Joaquín Fernández.

UMA ESCOLHA SAUDÁVEL – A carne de frango é uma das proteínas mais consumidas nos países da América Latina, e isto não é por acaso. Trata-se de uma das proteínas mais completas e saudáveis existentes.

Segundo dados nutricionais disponibilizados pelo Centro de Informações Nutricionais da Carne de Frango (CINCAP), da Argentina, um pequeno corte de 150 gramas de carne de frango sem pele oferece o equivalente a 52% das necessidades diárias de um adulto em uma dieta diária de 2.000 calorias. De Fósforo, são 46% do total das necessidades diárias. A carne de frango também é rica em vitaminas e minerais, e contém baixos níveis de gordura e sódio.

Por ser um alimento tão completo, é indicado para todas as etapas da vida, da infância às fases adulta e idosa, e é especialmente recomendada para períodos como a gravidez e lactação. É uma das proteínas favoritas dos praticantes de esportes, graças aos altos níveis de proteína e baixos níveis de gordura.

Saiba mais sobre a importância do consumo e os benefícios da carne de frango pelas redes sociais do ILP (@institutolatinoamericanopollo) ou pelo site https://ilp-ala.org/dia-latinoamericano-del-pollo/.